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Brincadeira do Catingueiro de Reza




Catingueiro mandinga daqui no padêeiro de lá É no búzio que meus segredos do tempo tocam os yawos no congá. Catingueiro mandinga na vida um bom saravá É da canção no Cruzeiro que o galo canta de cá, lá.

Desce a ladeira morena, daqui de dentro se sair tem que voltar Pois é da terra que a luz encontra a encruza no mar. Catingueiro mandinga daqui no padêeiro de lá É da ladeira que os mutetos faceiros geram as okitalas de cá.

Venta de dentro, venta de lá o cantar, pois quem é ganga já viveu aqui e ja viveu lá. Já ceei com vela preta, cuscuz e castiça E foi na noite sem lua que o evangelho profano comeu no lar.

Requebra dentro o que de fora requebrou lá Canta mandingueiro é hora de mau olhado afastar. Sai de rés senhor diabo porque o vigário vem lá Sacode seu devedor no bolso, o alho, pois só ele na hora pode te salvar.

Catingueiro mandinga daqui no padêeiro de lá Todo mundo pode nascer macumbeiro mas são poucos os que vem de lá. Morde sua língua já que acha que sabe mais que as cruzas e incruzas de lá. Com magia não se brinca porque ela pode te matar.

Se não é Catingueiro não mexa no padêeiro de lá Pois meu pai foi mirongueiro e meu Tatá ainda mora lá. Sai de rés seu moço, aqui até a morena sabe mais Mexa com seu próprio rabo, pois o rabo que não queima aqui queimará lá.

Mas se é mandingueiro mandinga daqui que eu mandingo de lá E para a ignorância não se precisa mandingar, porque do estrume a flor também dá. A maldade nunca existiu lá, mas no homem que se acha melhor que ele mesmo, cá. E senhor metido a Catingueiro, não mexa no padêeiro de lá... quer saber?

Vai rezar!
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