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Salve o Homem: Anjo e Diabo



O que é o diabo senão o instinto no colo do mau gênio que reside no desequilíbrio interior do homem. Traços de personalidade a ganhar forma figurativa por medos e convenções.


Inclinações presas nas ditas correntes das verdades transitórias, individualizadas, nas soberbas e egos racionalistas. Temos sempre a resposta para tudo sem fundamentação alguma. Nesse jogo de cardar vivemos como cordeiros, o arquétipo da catarse e ao mesmo tempo em que como lobos á cardada ao diabo que somos, na conveniência elegante.


Evoluímos pelas caravanas ancestrais das trevas da ignorância, portanto o que temos em nossa Casa Blanca instintiva e inconsciente? E se a casa não existir, seríamos apenas frutos de uma paisagem, um labirinto tribal? Caminhamos pelo Darwinismo no setembro animalesco do gênio mau sem perdão e a semear formas subjetivas, perdidas no choro do caminho e nas túnicas da conduta humana. Sofremos evoluindo o diabo do animal?


Tempestade de justificativas nos mecanismos de nossas defesas sempre nos trai na inversão de valores e somos inocentes sem ser. Onde ficam escritos mesmo o capitulo de nossos atos e a consequências destes? Esquecidas!


Não merecemos sofrer? Nem por aquilo que causamos? Sim, não merecemos sofrer. Porque no que fazemos não existe erro. É perdoável, não foi para tanto, merece compreensão... Nesse tom o próximo também. Então seu próprio sofrimento recebido do outro não existe. Nada ele fez a você e sendo assim, como você, ele é perdoável. O sofrimento, portanto, é utopia do diabo.


Poder na pedra do gelo interior, sorrisos amarelados no dinheiro da carteira, beleza nos espelhos quebrados do próximo, pose em cascatas, pessimismo fértil e adubável, senso crítico na chuva ácida, verdades na solidão do achismo, individualidade no adeus do novo dia, status no galho da substituição do ontem, mentiras na verdade das desculpas.


Alienados no conhecimento germinado das causas, inversão de valores na educação da contemplação sistêmica do agradar, prazeres das feras feridas no cio da ironia, felicidade exacerbada na bigorna da razão na teimosia, julgamentos do próximo na leveza dos nobres do morro que arrotam faisão, ouvidos que não ouvem no nu da poesia dos insanos... Seriam os produtos dos diabos no comércio de seus devaneios sociocráticos.


Somos Diabolôs, poeticamente enfeitiçados durante o namoro e ócio dos sapos como jovens a vadiar na nostalgia da lua embriagada no perder das horas e, sobre a brisa desconecta da rima que se reinventa de dentro para fora e de baixo para cima. Estamos à brincar de sábios principescos eleitos a deuses do tudo pode com nossas verdades nuas sem vergonhas e sem sentido prático ou de exemplo na vida. Aliás na vida só se aceita ficar por baixo hoje em dia durante o sexo. Somos sim uma espécie evoluída de diabolôs escondidos em vestes de anjos! Afinal, não cardamos sem achar cardar.


Tal qual como querubins, caímos na terra dos prazeres. O paraíso é o lugar dos justos, dos bondosos, dos que fizeram certos a moral dos idiotas sistêmicos, que não traíram seus pares, que doaram sempre o que comprariam, não o que jogariam fora. Aqueles que dividiram sempre tudo que fosse a mais do que precisariam, dos que assumiram suas famílias sem abusar dos escravos de suas preguiças sendo eles seus pais, irmãos e amigos. Aqueles que abriram mão de estarem nos folguedos populares do solteirismos conveniente, dos que não mentem aos seus empregadores no feriado estendido, que não procuram vantagens em relação a seu próximo. Traição? Bebidas? Drogas? Perversão sem o carinho da ternura? Que se desculpam depois de usarem?


A lista parece ser grande e quase ninguém faz parte dela quando o assunto é ir ao céu ou ao inferno no céu. No sonho de sermos tudo dividimos o “bombus” que se expressa pelo conflito pelado na risada mais gostosa, no desnudo obscuro do seu vitorioso foda-se. Façamos nossa parte no aprender de como se goza. Ir além da dor no troco da feira. É pela boca que recitamos nosso nome no contorno da calça Jeans. Ainda somos fruto do cego jardineiro de vasos na luz das acácias... Uma possibilidade que não olha para trás... Um gosto de batom no colorido sonho das superficialidades. Não se preocupe se o dia não colorir, o conhecido diabo que existe no seu sol está fincado na areia, já saiu das ondas do mar e se bronzeia na esteira.


Somos um barracão de zinco na zona sul da riqueza, uma tranca com uma chave de cobre na vida louca da fantasia do arroto. Piedade não é ato de amor brotado no interior coração do nosso agredido interior emocional. Meus amores, se o sol se pôr, continue dando, porque ê trepando no outro que se recebe. O que de bom puder dar, dê... Podendo depois abraçar e compreender no politicamente correto para não dar na cara que só queria se beneficiar.

Você acha que eu sou o diabo? Mas eu vou te contar um segredo: eu ocupo um espaço de ADEUS, dentro do seu adeus. Sou uma corrente que perde as argolas a cada encarnação de prova. Embora seja o diabo, já fui anjo e do caminho da luz. Ensino agora pelo caminho da terra, "confundido e iluminado". Poeticamente sou a paixão de um feriado. Então não sofra, não seja bobo, você já sou eu diariamente. Não se decepcione, sei que assusta. Seja esperto então, já que está no fogo é pra se queimar; não? Nossos corações batem mais forte e juntos nessa revelação. Anime-se! Vamos ao shopping, a igreja espera o dia de algum pagão.

Ah, esqueci de dizer: sou eu quem o fará crescer. Um amor sem colo que me traz você, sem saber que você sou eu esquecido, excluído e rejeitado. Sou você. Um gosto de cereja e azeitona na sombra do pé do tempo da mostarda... Amarguinho como o gosto da cerveja.


Não se assuste, calma! Pois mesmo no tempo e sendo homem, ou anjo e diabo - como queira - todos nós estamos na estrada rumo ao Paraíso das "almas macacos" em evolução. Serenos românticos na hora da morte, você vai ver. Somos do tipo populares e juntos pelas noites claras, no próprio grito final, buscaremos o infinito existencial abraçados e juntos. Estaremos na saudade do amor aflito que ficou e sem palavras crescendo em meio a muitas novas teia de desilusões.


Diabos a parte, estaremos sempre juntos na evolução. Não é uma boa esperança que lhe dou? Isso que importa! Sempre e lentamente presidiários em evolução. Só desejo que ainda na próxima encarnação exista a “terra planeta”, com suas flores azuis de piedades nos sendo ofertadas nos novos vasos das festas carnavalescas e terrenas e sem tantas quartas feiras de cinzas.


Salve o Homem: anjo e diabo.


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