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Teatro Le Sacré Cœur




Coloriu o Siena

De plumas e lembranças.


No fino frio da resiliência

Uma alma que dança

Uma sorte que não avança

Um tempo que jaz a esperança

Um inverno no inverso calor do Sul.

De degrau a degrau a Le Sacré Cœur subiu


Subiu de Pierrot e desceu na chanchada ator.

No negro da noite de branco se pintou


Diante dos sorrisos chorou

E diante da cruz foi o rei que se crucificou.

E no caixote clamou: Liberdade senhor!

Aplausos de consortes e aos bêbados sem sorte


Nada de Marias chorando sem flores


Pois as esquinas são dos pintores


A praça são dos malabares atores

com seus chapéis sem moedas

igual a um corpo inerte sem cobertor

Sonhos são dramas na profecia comédia de ator

Onde o palco aplaude o que a platéia calou


Acendam as luzes o café parisiense abriu

Croissant de queijo quente o desejo serviu


Sente-se aqui.. Dançamos muito para sombras em soluços

Enquanto a lua quer se esconder e o fino vento cantar.

Pequena opereta de Juliet enreda o Le cabaret

A solidão é um dom do principado Romano

regado no lirismo caprichoso de uma arena nostálgica.


Os copos nem sempre estão cheios

Como são cheias as emoções sem vontades


Meu café, têm que ter um gole de conhaque e cobertura de chantilly

Companhia eu já tenho, todas estão dentro de mim

São os personagem e seus mutetos que zombam em mim

Mas para um ator de monólogos, esquinas vazias reservam surpresas de público cancã.


Venham! Se aproximem!

- Olá. Como vai monsieur?


Me chamo Renoir, muito prazer em vê-los sorrir.

Olhem para mim... Muito bem! Eu tenho um recado pra ti...


Cher... Jésus manda dizer que é por você que eu estou aqui...

Então de novo muito prazer cher por você existir...

Disse que é por você que o Siena coloriu....

É por você que este ator tem que espontaneamente sorrir...

E é por você que a luz da Eiffel subiu...

É por você que eu como ator no caixote, subi para gritar:


"Aujourd'hui est le jour de charité de l'acteur" Recebam meu aplauso e sorrisos cher...

A entrada na esquina é franca, hoje ninguém balança a criança...


Mas atenção! O garçom pede a gorjeta do coração para a cena do café frio e, sem chapéus com moedas, para pagar a conta...

Afinal... teatro de quimbandas e de arenas, são movidos a pão e circo da esperanças... Aceita meu abraço em troca de um croissant?


Respeitável público... Bonne Nuit!

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